Taxa básica de juros é reduzida pelo Copom de 6% para 5,5% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (18) reduzir a Selic, taxa básica de juros da economia, de 6% ao ano para 5,5% ao ano.
O percentual, que já era esperado pelo mercado financeiro, é o menor da série história do Banco Central, que começou em 1986. A taxa básica de juros serve como referência para as demais taxas cobradas de famílias e empresas.
Fonte: BC
A Selic se manteve em 6,5% de março de 2018 a julho de 2019, quando recuou para 6%. A expectativa de economistas é que, para a próxima reunião do comitê, no fim de outubro, haja mais um corte de 0,5 ponto percentual na taxa, caindo para 5% e permanecendo neste percentual até o fim de 2020.
O recuo na Selic acontece mesmo diante da recente alta no preço do petróleo, impulsionada por ataques a instalações da petroleira estatal Aramco, na Arábia Saudita, no último sábado (14).
Segundo economistas, a disparada no petróleo pode aumentar o preço dos combustíveis e pressionar a inflação nos próximos meses, mas a previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ainda está abaixo da meta central de inflação para este ano.
Como é definida a Selic
A reunião do Copom acontece a cada 45 dias para fixar o patamar da Selic em busca do cumprimento da meta de inflação, definida anualmente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Quando as estimativas para a inflação estão alinhadas com as metas, como no cenário atual, o Banco Central pode reduzir os juros. Isso faz com que os juros dos empréstimos bancários também fiquem mais baratos, o que tende a estimular a produção e o consumo.
Se, no entanto, a inflação está em alta ou com indicativo de que estará acima da meta, o Copom eleva a taxa Selic e o efeito é inverso: o crédito bancário fica mais caro, o que leva a redução no consumo e, consequentemente, na produção.
Para este ano, a meta é de 4,25% de inflação, podendo oscilar entre 2,75% a 5,75%. Para 2020, a estimativa é de 4% – com oscilação de 2,5% a 5,5%.
Fonte: G1