Feira: família suspeita que idosa contraiu Covid-19 em hospital
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Uma idosa de 87 anos que estava internada na rede pública de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, para tratar uma ferida, foi contaminada pela Covid-19 e acabou morrendo vítima da doença. O relato é do filho de Maria Luiza, Joza de Jesus, que afirma que a mãe sofria de diabetes e pressão alta.
Maria Luiza deu chegou na UPA do Clériston Andrade, no dia 11 de junho, para tratar uma ferida na perna. Joza de Jesus conta que antes da idosa ser transferida da UPA para o Hospital Clériston Andrade, ela apresentou sintomas da Covid-19.
“Quando chegou na UPA, a respiração dela ficou diferente, como nunca teve. A gente ficou desconfiado de que ela havia se contaminado com Covid-19 lá. Pedimos exame, não fizeram. Fizeram, se não me engano, radiografia ou tomografia do pulmão e um eletro, e lá na UPA disseram que estava ok, que não tinha contraído esse Covid-19”, relata Joza de Jesus.
Maria Luiza teve a perna amputada no dia 16 e, dois dias depois, morreu. Após a morte, o Hospital Clériston Andrade confirmou que o exame da idosa foi positivo para Covid-19. O filho da idosa também foi infectado.
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“Minha mãe foi para o hospital sem estar com essa doença. Ela morava com irmã minha que era paciente de risco e não tem essa doença. Eu não tinha. Fiquei com minha mãe no Clériston na segunda-feira. Resultado: contraí o coronavírus”, continua Joza de Jesus.
A coordenadora de Emergência do Clériston Andrade, Hélvia Fagundes, explica que o tempo médio de encubação do vírus é de quatro a cinco dias. Como Maria Luiza apresentou sintomas da Covid-19 com menos de 48h da internação, Hélvia acredita que a idosa teria sido infectada antes de dar entrada no hospital.
“A paciente deu entrada no hospital no dia 13, por volta de 11h. Já na manhã do dia 15, menos de 48h de internação hospitalar, ela apresentava sintomas respiratórios, inclusive com necessidade de oxigênio em pequena quantidade”, relata Hélvia.
Hélvia Fagundes garante que a unidade de saúde passa por desinfecção e que adota todas as medidas preventivas.
“Paciente que tem qualquer suspeita de que é portador do coronavírus entra no hospital por uma porta diferente, é encaminhado para um setor diferente. A triagem desse paciente é feita numa sala à parte dos pacientes que não têm suspeita do coronavírus”, conclui Hélvia.
A assessoria de comunicação da UPA do Clériston Andrade foi procurada para comentar o assunto, mas não houve retorno.
Fonte: G1
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