Irmãs são presas por desligarem aparelho que mantinha paciente vivo
Um homem que estava internado no Hospital Regional de Guanambi, no sudoeste da Bahia, morreu após duas irmãs dele – Zelita Pereira Neves, 32 anos, e Marliete Pereira Neves, 41 – invadirem a unidade de saúde e desligarem o aparelho que o mantinha vivo, por acreditarem em um suposto milagre de cura. Elas foram presas em flagrante pela Polícia Militar.
O caso ocorreu na noite da sexta-feira (25). A vítima é Almiro Pereira Neves, 43, que tinha problemas relacionados ao álcool e foi internado devido a complicações da cirrose quatro dias antes de ser morto – ele foi diagnosticado com etilismo, pneumonia aspirativa e hemorragia subaracnóidea.
Enquanto estava internado, as irmãs Zelita e Marliete, que são evangélicas, se reuniram, na noite de sexta, com um grupo de amigos de uma igreja não identificada pela polícia para fazer orações em favor do irmão e em um dado momento tiveram uma visão de que o irmão delas estava curado.
Não pensaram duas vezes e foram ao hospital (de gestão estadual) fora do horário de visita, entraram e foram até o quarto onde estava Almiro Neves, na enfermaria.
As duas desligaram o aparelho e mandaram o irmão levantar, mas ele não reagiu e uma médica apareceu no momento para ver o que estava havendo. Instantes depois, a morte foi constatada.
Procurada para comentar sobre como as mulheres tiveram acesso à unidade hospitalar, a direção do hospital informou que não poderia dar declarações. A Secretaria estadual da Saúde (Sesab) também foi procurada, mas ainda não deu retorno.
Segundo a Polícia Civil, as irmãs tiveram as prisões em flagrante convertidas em preventiva.
Em nota, a Polícia Militar informou que policiais do 17º Batalhão foram acionados com informações de uma tentativa de homicídio no interior do Hospital Regional de Guanambi.
“Assim que chegou ao local, a guarnição prendeu duas mulheres e um homem acusados de ter desligado os aparelhos que mantinham a vítima viva na unidade hospitalar. Os suspeitos foram apresentados à delegacia do município”.
Fonte: Mural do Oeste