As primeiras 120 mil doses da vacina Coronavac, produzidas pelo laboratório chinês Sinovac, desembarcaram na manhã desta quinta-feira (19) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, um dia antes da data prevista pelo governo de São Paulo.
Segundo o Instituto Butantan, a carga especial saiu da China na segunda-feira (16). Após desembaraço aduaneiro, o material será transportado até o Instituto em um caminhão que receberá escolta especial.
As 120 mil doses já estão prontas para uso assim que o imunizante for registrado e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O lote faz parte da carga de 6 milhões de doses que o governo de São Paulo comprou do laboratório chinês e ficará armazenado em local não informado por questões de segurança.
Na próxima semana, outra remessa da China é aguardada: com 600 litros de insumos da vacina que serão formulados e envazados no Butantan.
Tanto as vacinas já prontas quanto a matéria-prima para a formulação das novas doses precisam ser transportadas refrigeradas entre 2 e 8 graus – a mesma temperatura em que é mantida a vacina da gripe, por exemplo. O insumo é líquido e vem armazenado em bolsas de 200 litros, dentro de contêineres nas aeronaves.
As vacinas ainda não aprovadas que a China já distribui para centenas de milhares de pessoas
Em coletiva no início da semana, o governador João Dória afirmou que até o dia 30 de dezembro o Butantan deverá receber todas as doses prontas (6 milhões) e toda a matéria prima necessária para a produção de mais 40 milhões de doses da vacina contra o coronavírus no país.
Segundo o Butantan, todo material viajará em três voos de carga comerciais e seis voos fretados exclusivamente para trazer esse carregamento especial. Os voos com as doses e com os insumos da vacina não acontecerão todos no mesmo dia e sim ao longo das semanas. “Essa é uma carga muito preciosa e todos os cuidados com a segurança desse transporte estão sendo tomados”, afirmou Dimas Covas, em entrevista anterior à ÉPOCA.