Deputados bolsonaristas têm sigilo bancário por Alexandre de Moraes

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a quebra do sigilo bancário de dez deputados federais e um senador bolsonaristas para apurar se eles atuaram no financiamento de atos antidemocráticos, que pediam o fechamento do STF e do Congresso Nacional.

A decisão de Moraes foi tomada em conjunto com a autorização de busca e apreensão contra 21 alvos ligados aos atos antidemocráticos, operação realizada nesta terça-feira pela Polícia Federal e batizada de Lume.

A decisão de Moraes determinou a quebra dos sigilos bancários de ao menos dez deputados bolsonaristas: Alê Silva (PSL-MG), Aline Sleutjes (PSL-PR), Bia Kicis (PSL-DF), Cabo Junio Amaral (PSL-MG), Carla Zambelli (PSL-SP), Carolina de Toni (PSL-SC), Daniel Silveira (PSL-RJ), General Girão (PSL-RN), Guiga Peixoto (PSL-SP) e Otoni de Paula (PSC-RJ). O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) também teve seu sigilo quebrado.

A medida foi determinada após a constatação de indícios de que esses deputados manifestaram apoio aos atos antidemocráticos e pela necessidade de aprofundar as investigações em relação a eles.

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A operação de busca e apreensão e quebras de sigilo foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizada por Moraes. A PF cumpriu hoje busca e apreensão contra o deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ). A ordem de Moraes, porém, mostra que a investigação é mais ampla e atinge outros parlamentares da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Um dos braços da investigação busca rastrear os financiadores dos atos antidemocráticos. Alguns empresários foram alvos de busca e apreensão hoje, como Otávio Fakhoury e o advogado Luís Felipe Belmonte, responsável pela organização e financiamento do novo partido de Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil.

Com as quebras de sigilo bancário, a investigação busca mais pessoas que estejam apoiando financeiramente as manifestações, que pedem fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e intervenção militar.

O inquérito sobre os atos antidemocráticos foi solicitado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, em abril, para investigar a organização dessas manifestações e o possível cometimento de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.

Na segunda, a PF já havia prendido a extremista Sara Fernanda Giromini. Ainda há outros cinco mandados de prisão temporária em aberto, cujos alvos ainda não foram localizados.

Alguns desses personagens também são investigados no inquérito das fake news, conduzido por Alexandre de Moraes. Naquele inquérito, Moraes havia determinado quebras de sigilo bancário contra Edgar Corona, Luciano Hang, Reynaldo Bianchi Junior e Winston Rodrigues Lima. A suspeita é de que eles estariam envolvidos no financiamento de fake news e ataques ao STF.

 

Fonte: Yahoo Notícias

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