Ataque de drone atribuído a Israel é chamado de “declaração de guerra” pelo Líbano
O presidente do Líbano, Michel Aun, descreveu nesta segunda-feira (26) como uma “declaração de guerra” o ataque de um drone armado atribuído a Israel ocorrido um dia antes contra os subúrbios ao sul de Beirute. A região atingida é reduto do grupo xiita Hezbollah – aliado do presidente libanês.
“O que aconteceu é uma declaração de guerra que nos dá o direito de defender nossa soberania, nossa independência e nossa integridade territorial”, disse Aun, segundo um comunicado.
Ainda de acordo com o comunicado, Aun afirmou ao coordenador especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Líbano, Khan Kubis, que o país “se reserva o direito de se defender”.
Do outro lado, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, saiu em apoio do governo israelense. “Tive uma ótima conversa com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta manhã. Os EUA apoiam totalmente o direito de Israel de se defender de ameaças iminentes”, afirmou, pelas redes sociais.
Hezbollah promete derrubar drones
O líder xiita Hassan Nasrallah, do Hezbollah ameaçou Israel com novas represálias.
“Toda vez que os drones israelenses penetrarem no espaço aéreo do Líbano, vamos trabalhar para derrubá-los”, alertou.
Já o movimento palestino pró-sírio e pró-Hezbollah afirmou ter sido atacado pela aviação israelense nesta segunda-feira.
“Houve três ataques hostis contra os arredores da cidade de Qoussaya (leste), onde as posições militares da Frente Popular de Libertação da Palestina-Comando Geral estão localizadas”, segundo a imprensa libanesa.
ONU pede moderação
A ONU pediu “moderação máxima” para as partes envolvidas nesse ataque com drones.
O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, disse que as Nações Unidas não estão em condições de verificar as informações divulgadas sobre ataques na região nos últimos dias, mas afirmou que “é imperativo que todos evitem a escalada e cumpram as resoluções do Conselho de Segurança”.
Fonte: G1