Vítima de pirâmide financeira perde R$ 200 mil, polícia investiga

A Polícia Civil de Feira de Santana, cidade a 100 quilômetros de Salvador, apura um golpe de pirâmide financeira que atraía as vítimas com uma proposta de investimento que garantia lucros altos como retorno.

De acordo com a polícia, a empresa denunciada é a Midas Trend, que teria lesado pessoas de várias partes do país, muitas delas moradores de Feira de Santana.

Conforme a o delegado André Ribeiro, que investiga o caso, as vítimas afirmam que foram enganadas acreditando na seriedade da empresa e que só descobriram o golpe em outubro do ano passado quando os pagamentos foram suspensos.

Uma das vítimas, que preferiu não revelar a identidade, conta que o prejuízo foi bem grande. Ele conta que investiu R$ 107 mil em uma empresa que prometia um grande lucro através de bitcoins e comissões para quem trabalhasse junto com ele.

Ainda de acordo com a vítima, alguns rendimentos chegavam até a 50% no começo. Ele chegou a receber o dinheiro na conta, só que meses depois, isso parou de acontecer.

“Ele sempre oferece uma proposta de negócio sobre algo que existe, mas sobre o qual as pessoas têm pouco conhecimento. Então, como não é a minha área de atuação, o que aconteceu? Eu acabei me sentindo seduzido por aquilo, porque ele mexe com a sua ganância, com a sua vontade de ganhar dinheiro”, contou.

 

Outro morador de Feira de Santana, que também preferiu não se identificar, disse que entrou na pirâmide através da indicação de uma pessoa da família e chegou a investir mais de R$ 200 mil. Ele conta que no início até conseguiu retirar uma parte da quantia, cerca de 60%, só que depois não conseguiu mais.

“Às vezes acumulava dois meses, três meses e assim foi até eles fecharem. Quando eles acharam que tinha bastante dinheiro dos clientes, eles fecharam e fugiram do país. Foram para Portugal”, contou.

Segundo a polícia, investigações nesse tipo de caso acabam levando mais tempo. Conforme o delegado André Ribeiro, a orientação é ter atenção em qualquer tipo de investimento.

“O estelionato é um tipo de crime que a investigação é mais longa, porque a gente tem que representar por quebra de sigilo bancário, interceptação telefônica e todos esses pedidos são feitos para o poder judiciário”.

“Tudo demanda um pouco de tempo para podermos chegar aos suspeitos do crime”, concluiu.

 

Fonte: G1

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